Os padres anotavam, nas suas cartas ao Geral ou aos Provinciais, o que lhes sugiria a disposição da terra para os estudos. Quanto ao talento são quase todos de acordo em afirmar que eram bem dotados os estudantes; mas por ser a \"terra relaxada, remissa e melancólica tudo se vai em festas, cantar e folgar\". Resultado: falta de aplicação aos estudos e perigo de desistência. Apesar disto ou tendo precisamente isto em conta não se faz pequeno ponto com eles, e já há alguns casuístas, que são párocos e alguns formados em Artes, que são professores, e dois outros teólogos, pregadores na Sé da cidade (Bahia), e cônegos da matriz e párocos das paróquias. Isto em 1583. Os estudantes externos vestiam como toda gente. Entre os primeiros discípulos dos jesuítas, na Bahia, estava em 1555, no curso de gramática \"Pedro de Gois, nobre e de bom talento\" admitido no Brasil; em 1591 o licenciado em Artes, Bartolomeu Fragos, que se formara há pouco na Bahia que fazendo um depoimento cita, como testemunhas presentes, o licenciado Domingos Pires e o mestre em Artes, Julio Ferreira, e o licenciado Bartolomeu Madeira. Muitos discípulos se celebrizaram, e mais que todos o padre Antonio Vieira; Frei Vicente Salvador, (autor de História do Brasil), o capitão-mor do Rio Grande do Norte, Jeronimo de Albuquerque Maranhão; Gregorio Mitagaria. Termina o século XVI com um curso de Artes aumentado e florescente. Iniciado com 40 estudantes (1598).

A formação dos professores da Companhia é feita com demora e tempo para se conhecerem bem as suas respectivas aptidões. Na Bahia, o primeiro mestre foi Vicente Rodrigues, o primeiro professor de latim, Antonio Blasques, o primeiro professor de Artes ou filosofia, Gonçalo Leite, o primeiro lente de teologia especulativa, Inácio Tolosa. São Vicente precedeu a Bahia no estudo da gramática. O padre Leonardo Nunes daria as primeiras aulas no Colégio dos meninos de Jesus. Substituiu-o, ao passar o Colégio para o Campo de Piratininga, em 1554, José de