todo o Estado. Se uma escola de 60 alunos tem acomodações para 20, onde estão os outros 40? Se meninos, estão provavelmente nas ruas recebendo uma espécie de educação que fará casas de correção mais necessárias ao Estado do que casas escolares. Se meninas, podem ser em casa, consumindo o tempo na ociosidade, e, se não aprenderam nada positivamente mau, certamente não estão adquirindo aqueles hábitos de regularidade, indústria, e ordem que as habilitarão a serem mulheres inteligentes e virtuosas.
O termo médio da frequência, e não o número de alunos matriculados deve ser a base de toda a avaliação de escola, tanto a respeito do dinheiro votado, como ao número de professores empregados. A nova lei sobre a obrigatoriedade do ensino diz que 15 dias consecutivos de ausência no mês sujeita os pais a uma multa. A lei não tem poder para aumentar a frequência, desde que um aluno que frequente um dia a escola no mês evita a lei. Quero dizer, ele pode ter 14 dias consecutivos de ausência, frequentar um dia, e não comparecer mais o resto do mês. Em outros termos, a lei obriga as crianças a frequentarem a escola somente um dia no mês. Sem dúvida os autores da lei entenderam que 15 ausências no mesmo mês, sem escusa satifatória, sujeitariam os pais à multa de 10$000. Há sempre casos isolados onde uma lei obrigatória pode ser aplicada, mas em geral há motivos mais elevados entre meninos brasileiros para que pode-se apelar. Uma escola agradável, tal como um bom professor, formará, atrairá sempre as crianças e, pelo meio das crianças, os pais podem ser levados à verdadeira compreensão do seu dever. E, quase sempre é a culpa dos pais se as crianças faltam ou vêm tarde à escola. O sempre pranteado Dr. Campos, tinha por costume dizer: "boas escolas públicas reformarão a sociedade brasileira". O almoço em hora tarde do dia é a causa de muita inconveniência para os professores. Porém qualquer que seja o sacrifício dos antigos costumes, os meninos brasileiros devem ser estimulados a