sem ter 18 anos cumpridos. A imponência deste cortejo e a pompa da imposição das insígnias provocaram indescritível alvoroço na cidade. Tais festas e doutoramentos marcam o apogeu dos estudos, no Brasil no século XVI.

Em 1583 o padre Miguel Garcia receou que se elevasse o Colégio a Universidade e comunicava para Roma os seus temores. \"Com darem-se neste Colégio graus em letras, parece que querem meter ressaibos de Universidade; e assim uma vez se matricularam os estudantes pagando cada estudante um tanto a um homem de fora, que serviu de escrivão. Eu avisei, mas foi tarde. Determinou-se que não se fizesse mais. Queria saber, pelo que se tem cá tratado, se para dar grau de doutor em teologia, a algum estudante externo neste Colégio, é necessário que os examinadores sejam doutores em teologia. Porque a bula do Papa parece dizer que sim\". O padre Beliarte, provincial, por inclinação sua, gosto pela magnificência, ergueu os estudos quanto pode, e se não transformou o Colégio em Universidade de fato, foi porque o contrariaram na Bahia e em Roma. Em 1590 deu o grau de bacharel a 12 alunos externos com as costumadas festas assistindo o bispo. Tal ato deve suscitar reparos porque, em 1592, reunindo a Congregação provincial, pergunta ela se é \"lícito promover tanto os externos como os nossos aos graus de filosofia e de teologia, quando for necessário para examinar os externos\". Acompanhava este postulado uma carta de Beliarte. Nela se dizia que, nesse ano, concluíram o curso, com grande exatidão, como se pudera fazer qualquer boa Universidade, 19 alunos. Os que eram externos, em número de dez, graduados todos em Mestres em Artes; dos de casa, receberam esse grau três padres. A resposta de Roma ao postulado foi que \"não parece necessário no Brasil tal promoção, porque não seria essa faculdade de nenhuma utilidade\".

O curso em todos os estudos, começava em 2 de fevereiro. Inaugurava-se com solenidade. E desde que os estudos