ante a profunda observação que não cansava, nem se distraía variando de assunto.
Como corógrafo, o mesmo é seguir o roteiro de Soares, que o de Pimentel ou de Roussin; em topografia ninguém melhor do que ele se ocupou da Bahia; como fitólogo faltam-lhe naturalmente os princípios da ciência botânica; mas Dioscorides ou Plínio não explicam melhor as plantas do velho mundo, que Soares as do novo, que desejava fazer conhecidas. A obra contemporânea que o jesuíta José de Acosta publicou em Sevilha em 1590, com o titulo de Historia Natural e Moral das Índias, e que tanta celebridade chegou a adquirir, bem que pela forma e assuntos se possa comparar à de Soares, é-lhe muito inferior quanto à originalidade e cópia de doutrina. O mesmo dizemos das de Francisco Lopez de Gomara, e de Gonçalo Fernandez de Oviedo. O grande Azara, com o talento natural que todos lhe reconhecem, não tratou instintivamente, no fim do século passado, da zoologia austro americana melhor que o seu predecessor português; e numa etnografia geral dos povos bárbaros, nenhumas páginas poderão ter mais cabida pelo que respeita ao Brasil, que as que nos legou