Viagem pelo Amazonas e rio Negro

provisória para uma "rocinha" ou casa de campo, de propriedade do sr. Miller, situada a cerca de meia milha da cidade, gentilmente posta à nossa disposição, até que, com mais vagar, pudéssemos encontrar outra mais próxima.

Não há aqui camas, nem colchões, usando-se em seu lugar as redes, trançadas de fio de algodão, que oferecem bom cômodo para se dormir e que são mesmo muito convenientes, por causa da sua portabilidade.

As redes, algumas cadeiras, constituem todo o nosso mobiliário mais indispensável.

Contratamos logo, para o serviço de cozinha e outros misteres caseiros, um negro velho, de nome Isidoro(3), Nota do Prefaciador com a ajuda do qual iniciamos os arranjos da casa, a aprendizagem da língua portuguesa e as primeiras explorações dos produtos naturais da região.

Minhas anteriores excursões haviam-se limitado à Inglaterra e a um curto passeio pelo continente europeu, de sorte que tudo aqui para mim deveria ter o encanto de perfeita novidade.

Eu nunca tive, entretanto, tão grande e tão completo desapontamento.

A temperatura não era tão ardente, os costumes do povo não eram lá tão esquisitos, nem mesmo a vegetação era tão espantosa, como eu havia imaginado e conjeturado durante o tédio de uma viagem marítima.

É este o caso que geralmente sucede, ainda que te trate de um simples exame de um determinado objeto.

Uma paisagem, quando observada de um determinado ponto, poderá dificilmente ser sobrepujada, ao passo que, de outros muitos, não causará impressão alguma, mesmo ao mais esperto observador.