Dicionário da terra e da gente do Brasil

ainda que o termo é também usado na África com o mesmo sentido.

Aviador: termo da Amazônia, registado por Teschauer, com a significação de indivíduo que contrata e encaminha seringueiros. À pág. 198 do Brasil. A Terra e o Homem de Arthur Orlando, lemos: "É preciso não confundir a Amazônia do tapuio com a Amazônia do paroara... A segunda é a Amazônia mestiçada, mas cruel para os violadores de suas matas virgens, para aqueles que alvoroçam e conturbam suas florestas em busca do ouro negro, a Amazônia do gaiola, do aviador, a Amazônia da Hevea brasiliensis ou Syphonia elastica..." E Miguel Calmon em seus Fatos Econômicos à pág. 238, escreve: "Sob promessa de avultados benefícios e presentes, eram os tapuios seduzidos e abandonavam terras e lavouras para o acompanhar. Adiantava-lhes o aviador roupas, comedoria, máquinas de costura, armas, munições, caixas de música e bugigangas outras, lançadas à sua conta para ser tudo pago em borracha". Neste mesmo trabalho vemos que a palavra aviador também designa o intermediário entre o patrão, dono de seringal e o comprador nas praças de Manaus e Belém. "Mas, o aviador que adiantou ao patrão as provisões e os vários objetos que este vende ao seringueiro, leva-lhe à conta tais juros, que o patrão mesmo fica, comumente, endividado" (Fatos Econômicos, págs. 242 e 243).

Azulinho: termo usado pelos garimpeiros de diamantes em Mato Grosso e Minas Gerais, para designar a claprotita e outras pedras coradas, indicadoras de boa formação.

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