A expedição do acadêmico G. I. Langsdorff ao Brasil, 1821-1828

Apresentação

A expedição científica chefiada pelo barão de Langsdorff, membro da Academia de Ciências de São Petersburgo, Encarregado de Negócios e Cônsul-geral da Rússia no Brasil durante o primeiro reinado, resultou num trágico malogro. Mortes, desaparecimentos e doenças acompanharam o aziago empreendimento. Culminaram as desgraças com a loucura do sábio diplomata, que terminou melancolicamente seus dias na Alemanha, sem capacidade de organizar os papéis divulgadores dos grandes resultados científicos dessa vasta tentativa.

Os museus russos conservam até hoje um intenso e rico material resultante de suas remessas. Durante certo tempo, o museu da antiga capital do Império Russo foi o mais rico em assuntos brasileiros, graças às remessas do diligentíssimo e malogrado pesquisador.

O único relato conhecido da expedição é o do desenhista Hércules Florence, publicado, em tradução do visconde de Taunay, na Revista do Instituto Histórico Brasileiro, vol. XXXVIII, relativo a 1875, posteriormente publicado em volume da Companhia Melhoramentos de São Paulo, fartamente ilustrado, e com prefácio de Afonso d'E Taunay. O texto original francês apareceu em diversos números da revista da "Sociedade Científica de São Paulo", em 1905. Na revista alemã Globus, Karl von den Steinen publicou trechos dele em artigos sobre Florence, incluindo ilustrações.

A maior parte do material iconográfico e os relatos oficiais da expedição encontravam-se, porém, nos arquivos da