Rodrigues Alves - Tomo 1

Apogeu e declínio do presidencialismo

externato. O primeiro situava-se no Engenho Velho, na Rua São Francisco Xavier, junto ao Largo da Segunda-Feira, em prédio até hoje existente, que então ficava em meio a uma chácara, confinante com a matriz da freguesia.

O número de internos era exíguo por falta de acomodações, que só começaram a ser ampliadas em 1861. Por isto as turmas de bacharéis em letras, saídas do internato, eram reduzidas. Em 1860, por exemplo, eles foram somente quatro.

No corpo docente figuravam, no tempo de Rodrigues Alves, nomes conhecidos como os dos seguintes professores: de Retórica, Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro; de Matemática, Saturnino Soares de Meireles; de Francês, João Francisco Halbout e Batista Caetano de Almeida Nogueira; de Alemão e Grego, o Barão de Tautphoeus; de História, Joaquim Manuel de Macedo e Barão Homem de Melo. O reitor do internato era o Professor e Padre Joaquim Marcos de Almeida Rego.

Em pouco tempo Domingos deve se ter dado conta de que acertara ao encaminhar o terceiro filho para uma boa instrução, pois Francisco de Paula, desde o ano em que ingressou no internato, revelou-se estudante excepcional.

Quando ele se matriculou, o ensino do Pedro II achava-se regulado pelo decreto 1.556, de 17 de fevereiro de 1854, que estabelecia as condições para a conquista, em sete anos, do título de bacharel em letras. O curso dividia-se em duas séries, respectivamente de quatro e três anos, compreendidas na primeira as cadeiras de Português, Francês, Inglês, Latim, Religião, Moral, Aritmética, Álgebra, Geometria, Trigonometria, Geografia, História Geral e do Brasil, Ciências Naturais, Desenho, Música, Dança e Ginástica. Na segunda série ministravam-se os cursos de Latim adiantado, Grego, Alemão, Geografia, História, Italiano, Filosofia, Ética e Retórica. Como se vê, um programa severo e abundante de humanidades.

Nos assentos de Rodrigues Alves, conservados na Faculdade de Direito de São Paulo, figura a pública-forma de um atestado, passado em nome do ministro do Império, Marquês de Olinda, da qual consta o seguinte texto, referente ao seu curso no Colégio Pedro II, cuja redação confusa foi respeitada:

"Faço certo que atentas as provas em exames públicos na conformidade dos estatutos do Imperial Colégio Pedro Segundo, o Senhor Francisco de Paula Rodrigues Alves,

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