Rodrigues Alves - Tomo 1

Apogeu e declínio do presidencialismo

para a função em 1865.(8) Nota do Autor Outros mestres vinham da geração fundadora, como José Maria de Avelar Brotero, nomeado professor em 1827; Manuel Dias de Toledo, em 1833; Joaquim Inácio Ramalho (Barão de Ramalho) em 1836; Luís Pedreira do Couto Ferraz (Visconde do Bom Retiro) em 1839.

Os juristas puros eram, como dissemos, poucos, e, mesmo assim, haviam passado pela política. Ramalho, professor de Processo Civil, autor de obra clássica a respeito, presidira a Província de Goiás; Antônio Joaquim Ribas, lente de Direito Civil, que escreveu também um livro clássico sobre a matéria, foi deputado; o Conselheiro Crispiniano Soares, mestre de Direito Romano, foi deputado e presidente de Províncias. A maioria, porém, compunha-se de políticos militantes. O Conselheiro João da Silva Carrão, nomeado em 1845, foi presidente do Pará, senador do Império e ministro da Fazenda; Martim Francisco Ribeiro de Andrada, nomeado em 1854, foi ministro da Justiça e conselheiro de Estado; seu irmão José Bonifácio, o Moço, guia amado dos estudantes liberais, foi deputado geral, senador, ministro da Marinha e do Império; o Visconde do Bom Retiro foi deputado e senador, presidente de Província, ministro do Império e Conselheiro de Estado.(9) Nota do Autor

Eis alguns mestres, não de direito mas de política, que deveriam atrair, pelas suas carreiras fecundas, o estudante Francisco de Paula Rodrigues Alves, porventura o mais forte temperamento político da Primeira República. Eis a escola de ciência política que ele frequentou entre 1866 e 1870.

O CURSO JURÍDICO

Iniciando o curso jurídico, Rodrigues Alves pertenceu à turma mais gloriosa que jamais cursou qualquer faculdade de direito brasileira. A ela, em certo período, pertenceram Rodrigues Alves, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Castro Alves e Afonso Pena.

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