progresso e o elemento de toda a força do país; que, depois da nova transformação política, num pensamento dominante fraterniza e congrega, debaixo de uma bandeira, todas as aspirações; é o pensamento do querer servir bem à pátria e elevá-la à altura moral das mais civilizadas repúblicas circunvizinhas; que o primeiro dever patriótico será a reorganização do ensino primário e a instalação do ensino superior; que, enfim, os nossos filhos, os filhos dos imigrantes, breve brasileiros, os operários, terão necessidade de uma instrução mais forte e mais metodizada, e por isso mais civilizadora; que, por isso, se torna indispensável uma Universidade em São Paulo, para cuja fundação e organização são precisos 800 contos. O Dr. Vieira de Carvalho, propôs num aparte, que se substituísse 800 contos por um mil contos. O apelo termina pedindo a coadjuvação do todos os cidadãos e uma "esmola" de cada paulista, ficando para isso aberta uma subscrição em todas as redações, e organizadas comissões nesta capital e no interior. O Dr. Jesuino pediu a palavra para declarar que não julgava conveniente a palavra "esmola", tratando-se da uma instituição que trará benefícios gerais; que a palavra "esmola", devia ser substituída pela palavra — contribuição. O Dr. Antonio Carlos opôs-se afirmando que se tratava realmente de uma esmola. O Dr. Vieira de Carvalho fez uma observação, em que disse ser de pouco alcance o abrirem-se subscrições nas redações dos jornais. O Dr. Brazilio Machado propôs que houvesse uma comissão central para receber as contribuições e tratar dos meios de levar a efeito a fundação da Universidade, indicando para a referida comissão os Dr. Luiz Pereira Barreto, Antonio Prado, Barão de Jaguara, Francisco de Souza Queiroz e cidadão Manoel Lopes de Oliveira, Drs. Vieira de Carvalho e Bulcão. O Dr. Miranda de Azevedo disse que o Dr. Brazilio Machado também deveria fazer parte da comissão, ao que o cidadão Lopes de Oliveira declarou estar o Dr. Brazilio Machado em condições de prestar mais serviços que a sua pessoa e que, por isso, propunha a substituição. O Dr. Miranda de Azevedo falou ainda, lembrando a necessidade de outra comissão para organizar o programa completo e definitivo do ensino na Universidade. Esta última proposta não foi aceita. O general Couto de Magalhães enviou, por intermédio do Dr. Americo de Campos a seguinte participação: "Sendo só de iniciativa particular a execução desta Universidade, concorrerei como puder para a sua realização".
(Cronologia Paulista, Jacinto Ribeiro, vol. II, parte 2, pag. 566-68).