Estudos da língua nacional

trabalhados por preconceitos. Quando têm força e prestígio, conseguem até impor vocábulos por eles suscitados para a linguagem de todos os povos que traduzem, para seus idiomas, imagens nascidas em outras paragens.

Mencken chamou a atenção para a série de vocábulos criados pelos norte-americanos e que invadiram o mundo, traduzidos em todos os idiomas, como por exemplo sky-scraper.

Na quarta edição do seu The American language – An inquiry into the development of English in the United States, mostra como os ingleses empregam numerosos americanismos.

Em artigo de sua lavra, publicado em 1932 na 14ª edição da Encyclopedia britannica, o referido autor faz uma série de considerações, muitas das quais se aplicam ao caso brasileiro. Diz Mencken que não existe ainda um bom dicionário de americanismos, considerando o melhor o de Richard H. Thornton, intitulado American glossary, saído em 1912 e que, por ser baseado tão somente em abonações escritas, é por isso incompleto.

Conta que, em 1925, Philip Krapp publicou The English language in America, no qual o autor acha que o inglês e o americano mostram poucas diferenças.

Há um trabalho publicado em 1926, de Palmer, Victor Martin e Blanford, A dictionnary of English pronounciation with American variants. Recorda que em 1925 Louise Pound, da Universidade de Nebraska, começou a publicação de uma revista intitulada American Speech, e conta que a primeira vez que se empregou o vocábulo americanismo foi em 1871, quando John Witherpoon, presidente da Universidade de Princeton, assim definiu o vocábulo: I — Qualquer palavra ou combinação de palavras que usadas na língua inglesa nos Estados Unidos não foram aceitas na Inglaterra, e se o foram mantêm um sentido de expressão exótica. II – Qualquer palavra ou combinação de palavras que se tornando arcaicas na Inglaterra continuam em uso nos Estados Unidos.

Exatamente assim considero o brasileirismo.

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