questão de saturação; havendo muitas fruteiras ao longo das estradas, ninguém liga.
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Fica também em foco o interesse em verificar quantas fruteiras deve ter cada município (na relação com a fruticultura organizada e de pomares particulares), para o fim especial de atender ao provimento gratuito e abundante de frutas de primeira qualidade, às classes pobres, asilos, merendas escolares; e mesmo para uma renda municipal, tendo em vista o custeio da fruticultura avulsa, distribuição de mudas aos proprietários rurais, para plantio junto das habitações de trabalhadores, etc.; no caso, parece que não deve haver dúvida: a Administração Pública terá de fazer o principal.
Tudo sem exageros, no que aliás não há perigo; ir fazendo aos poucos, mas fazendo: a questão é começar e prosseguir, firmemente, até integrar a fruteira na paisagem rústica, o que significará assegurar abundância de frutas à alimentação do povo.
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A questão das hortas, junto dos lares pobres, está muito bem encaminhada, com os cursos de monitores-agrícolas, valendo com extensão educacional dos clubes agrícolas escolares; esses monitores exercerão certamente acentuada atuação dinâmica, também indispensável, pois não basta aprender a fazer hortas; é preciso fazê-las, de fato, e isso não é tão fácil como parece; não depende só de saber e querer; é também preciso ter os elementos para fazer: ferramentas, estrume, sementes férteis, mudas de boas qualidades, regadores e água, ancinhos, etc.
No interior, o estrume é gratuito; nas cidades, custa dinheiro, aí uns dez a quinze cruzeiros a carroçada; não
[link=40344]Ilustração: suporte para coador de café; a horta em canteiros rasos[link]