Alimentação sertaneja e do interior da amazônia: onomástica da alimentação rural

convém, portanto, aos lares pobres; esses terão de preferir para as suas hortas o recurso biológico, de enterrar nos canteiros (a fazer rasos, por mais simples), as folhas secas, de varreduras, como a natureza forma, no chão das matas, a fertilíssima terra vegetal.

Para isso, adotar o seguinte lema: O segredo da boa horta, junto dos lares pobres, é a folha seca que se enterre no canteiro! Uma boa porção de folhas secas, é claro, ou já a meio curtidas, ao fundo do quintal.

Outra noção: Para plantar hortaliças basta um sulco, aberto a enxada (ou a aradinho de mão: sistema americano); na Amazônia, serve uma canoa velha. Que cada um faça como puder, mas tenha hortaliças, na alimentação.

Quanto à organização da ala rural de escotismo, como ponto de partida, e escola, de futura ala sertaneja de escotismo, creio que isso deve interessar particularmente os serviços de estatística, municipais, estaduais e federais e, se de fato lhes interessar, como me parece, pois a estatística rural e sertaneja, permanente, de cada dia, difícil e muito diferente da urbana, será questão de acordo ou cooperação dos serviços de estatística com a administração geral do escotismo no país para o custeio. O escotismo nos sertões será um "braço direito" de todos os serviços que lá tenham de agir, de passagem ou uma vez por outra.

Por último, outra questão é o do conceito do termo sertão, o que deixo aos filólogos, por não me ser possível ir além do que já disse, concluindo que sertão é terra inculta, pouco povoada, como explicado.

Tenho a acrescentar que em Portugal também há sertões; di-lo Aquilino Ribeiro, em O Jornal, de 14 de fev. 1943, tratando de "Os dólmenes de que está semeada a terra portuguesa"; assim começa o artigo:

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