angus são mais nutritivos (vide "polenta"). No vatapá, da Bahia, entra angu de maisena. Vide também caiçuma.
Um exemplo de angu completo é o que Sodré Viana indica, em seu Caderno de Xangô, sob o nome de "vatapá": Fubá de arroz (ou pó de arroz ou flor de arroz) ou miolo de pão dormido, macerado em água fria, coentro, gengibre, sal, pimenta, cebola, azeite de dendê e leite de coco. Para comer com arroz branco ou acaçá. O angu assado tem o nome "cobu".
O angu de banana (de São Tomé, caturra ou de banana d'água) é chamado "quibebe de banana", no Estado do Rio, onde comumente dado o nome "pirão" ao angu de farinha de mandioca (feito com água fria, quente ou leite), para comer com carne fresca ou seca, ovos escaldados, etc. Vide também anguzada, anguzô e arabu; os angus mais afamados são o angu à baiana e o angu à mineira.
anguzada: mistura de angu e carne de peixe.
anguzô: angu de milho para comer com erva; ou angu com caruru; na Amazônia, seg. A. da Mata, é canjica de milho verde, ralado ou pilado, não passado na peneira.
aninha: corruptela de caninha: aguardente, cachaça.
aniz: erva doce.
anori: tracajá macho (seg. A. Vasconcelos).
anoz: corruptela de noz, na linguagem dos praianos, em Atafona (Estado do Rio), semente da árvore chamada amendoeira ou chapéu de sol: Terminalia catappa.
anta: caça grande, de que é mais apreciado o fígado; a carne, salgada e seca ao sol, é um dos bons recursos de que se dispõe nas viagens do interior, seg. o Gen. Couto de Magalhães.
apapá: sarda ou sardinhão do Amazonas (A. Vasconcelos), de inferior qualidade, seg. A. da Mata.
aparas (de mandioca): vide caçaba.
apê (da Amazônia): Urospatha arácea, de rizoma comestível, cozido.
aperema: esp. de cágado do Amazonas (A. Vasconcelos).
apiranga: Mouriri apiranga, do rio Maués (Amazônia); fruto comestível (A. da Mata).
apuruí: vide puruí
araberu: peixe.
arabu (Amaz.): pirão de ovos de tartaruga, tracajá ou outro