Quanto a espécies de arroz bravo ou do mato: abatiapé, das beiras de lagos da Amazona, é provavelmente Oryza subulata (vide também abati-miri); o arroz bravo do Pantanal, do Mato Grosso, é Oryza caudata; arroz do mato, dos Estados do Norte, a gramínea Luziola peruviana; arroz bravo, das serras do Estado do Rio: Streptochaeta spicata, gramínea, seg. j. Decker. Há também uma espécie ou variedade de arroz chamada quinecu. Em Minas, é uso cozinhar o arroz em panela de barro. Vide também fosfatina (na composição, entra arroz).
aruá (Amaz.): caramujo usado no Norte como alimento, depois de cozido (A. da Mata).
arubé: massa de mandioca, pimenta e alho, para molho de peixe,na Amazônia; é molho mais saboroso do que o própria mostarda (R. Morais — Os Igaraúnas 82); massa de mandioca, sal e muita pimenta malagueta (G. Cruls — Amaz. Mist.). Na Bahia, o nome semelhante aribé designa frigideira de barro (Sodré Viana). Seg. A. da Mata, leva também substâncias aromáticas.
arumã (Amaz.):rizoma comestível das marantáceas Ischnosiphon ovatus e I. arouma.
arumé (Amaz.): mandioca beneficiada ao sol, para preparar arubé (A. da Mata).
aspargo ou espargo: brotos novos de Aspargos officinalis, que se mantém brancos ou esbranquiçados, enquanto se desenvolvem sob o monte de terra frouxa, em que se cultiva a planta, como hortaliça; em geral, em conserva enlatada.
assado: carne assada, em panela, espeto ou como churrasco.
ata (Amaz.), fruta de conde, pinha, condessa, etc.: frutas de anonáceas, de que as mais estimadas são as de Anona muricata e A. squamosa; há confusão irremediável nos nomes comuns. Alguns autores distinguem ata ou pinha (A. muricata), fruta de conde(A. squamosa); pinha ou biribá ou coração de boi (A. reticulata), araticum (Rolinia silvatica) — Vide Schultz (Bot. Sist.), Pio Corrêa, E. Teixeira da Fonseca e outros autores. Na Amazônia, a arvoreta da ata chama-se "ateira".
atataia (Nordeste): peixe grande, na lagoa de Parnaguá (Luetzelburg Est. Bot. do Nord., I, p. 31).
auassu ou aguassu (em Mato Grosso): vide babaçu.