tambaqui: peixe, na Amazônia, frequente; seg. A. da Mata, o tambaqui, a tartaruga e o pirarucu constituem a tríade alimentar amazonense mais comum.
tanajura ou içá: fêmea, de formiga saúva, cujo abdomem, cheio de ovos, é muito apreciado, pelos índios principalmente, e por alguns habitantes rurais; usam-no assado à maneira de amendoim, ou frito em gordura, sal e pimenta, segundo Gilberto Freire 1. c.; no vale do Paraíba, no Estado de São Paulo, o caipira come "içá torrado" (Gentil de Camargo).
tangaracá-açu (Amaz.): Coccoloba crescentiaefolia, poligonácea, de frutos ácidos e adstringentes (A. da Mata).
tapará (Amaz.): grandes poças d'água, que ficam das enchentes dos rios e onde morrem peixes em quantidade prodigiosa (A. da Mata).
taperebá (na Amazônia) ou cajá-mirim, amarelo (no Brasil extra-amazônico): Spondias lutea, anacardiácea silvestre e frequentemente cultivada; os frutos são comestíveis, crus ou em doces; taperebá-do-sertão: Spondias dulcis (cajá-manga, em outros Estados) (A. da Mata).
tapiá (Crataeva tapia, caparidácea): frutos comestíveis.
tapioca: polvilho de mandioca, torrado e granulado em fogo brando (J. Decker); ou sinônimo de beiju (beiju de tapioca), em várias regiões do país e que no Nordeste, é feito às vezes com uma camada de coco ralado, que se inclui na tapioca, no momento de dobrá-la ou enrolá-la. Há assim tapioca dobrada ao meio, enrolada e mesmo de forma plana (o beiju dos índios).
Outros definem tapioca como polvilho ainda úmido que se leva ao forno; aliás, em Matéria Médica, tapioca ou goma de batata de purga é a fécula (Rev. da Fl. Medic., julho 1941, p. 176).
No Pará, fazem a "tapioca", pondo água em massa de mandioca, obtida de tubérculos ralados; mexem-se bem e fazem-na passar em peneira de orifícios reduzidos; deixam repousar e decantam a água que é então o "tucupi". (Chac. e Quint, maio 1941, p. 623). Na Amazônia; segundo A. da Mata, tapioca é a farinha granulada e preparada com o resíduo recentemente retirado da fécula de mandioca branca, submetida a calor brando. Escoada a última água do polvilho, a massa bem seca e previamente passada na urupema, é levada a forno brando e prolongado, e sempre mexida. Formam-se os grânulos, aumentam