de volume; espoucam uns e aglutinam-se outros e disso resulta a farinha de tapioca; esplêndida e insubstituível quase, em garapas, chibés, mingaus, cuscuz, bolos.
No Nordeste, a "tapioca molhada" é apresentada em folha de bananeira (G. Freire 1. c. p. 52).
tapir ou anta: caça de grande porte, de que alguns caçadores preferem o fígado, mas o consideram mais "carregado" ou “reimoso". Na Amazônia chamam anta, tapir ou tapiretê (A. da Mata).
taquara: vide bicho de pau.
tartaruga: grande quelônio marinho, ou fluvial da Amazônia, de que se usam a carne, os ovos e o azeite, óleo ou manteiga; chama-se "machado" a tartaruga do rio Tocantins; o nome indígena da tartaruga, seg. Raimundo Morais 1 c. p. 282, é iaragua e da grande: iguaragua-açu da tartaruga nova: cunhamucu (1. c. p. 307). O Peq. Dicion. indica também "jurucuá"; tartaruga do Brasil. Cumpre verificar o consumo de tartaruga e respectivos ovos em outras regiões do país; em Guarujá (Estado de São Paulo), por exemplo, é afamada a "Praia das Tartarugas". Quanto a tartarugas marítimas informa Ch. Fred. Hartt — Geologia e Geografia Física do Brasil (1870), trad., 1941 — c. 138 e 141:
Nas praias do Espírito Santo, entre o Rio Doce e o São Mateus — quatro espécies ocorrem na costa; a mais abundante é Thallassochelys cauana, muito comum na costa brasileira. (Vulgo "cauana").
Viu que uma tartaruga põe de uma vez 120 a 150 ovos, pouco maiores que os de galinha, arredondados; a porção albuminosa é clara e não endurece fervendo. A gema é muito grande, amarelo-escura e é a única parte comestível, geralmente misturada com açúcar e farinha.
Põe em novembro, dezembro e janeiro. A carne é vermelho-escura e grosseira e não achou muito boa. A banha é abundante e usada para várias fins.
Os ovários estão sempre cheios de ovos ainda em formação, muito estimados pelos habitantes que, por isso, matam as tartarugas em grande número (para tirar a "ova").
Na costa brasileira há a cauana, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-verde.
No Maranhão, há uma pequena tartaruga chamada charapa.(A. Vasconcelos).
