Alimentação sertaneja e do interior da amazônia: onomástica da alimentação rural

vísceras: órgãos internos, dos animais, também chamadas fressuras ou bofes; vísceras, da cavidade craneana (miolos), da toráxica (coração, pulmões, etc.), da abdominal (estômago, tripas ou intestinos, fígado, rins, pâncreas), na cavidade bucal (língua, etc.). Vide cada víscera em separado, e bem assim livro e livrelho.

vitamina: denominação dada por Funk a princípios nutritivos que agem em doses infinitesimais e devem ser levadas ao organismo, como parte integrante dos alimentos ou em produtos industriais, valendo como alimentos supletivos. Quando a alimentação não leva ao organismo a dose adequada de vitaminas, surgem moléstias, chamadas de carência, cujo tratamento depende de regime alimentar adequado; assim: beriberi, raquitismo, escorbuto, pelagra, cegueira noturna, cegueira diurna, distúrbios de crescimento, etc.

Por esse motivo, distinguem-se vitamina de crescimento (vitamina A), antincuritica (vit. B); antipelagrosa (vit. C), antiraquitica (vit. D), de reprodução (vit. E), etc. (Vide Josué de Castro — A Alimentação Brasileira, 1937, p. 89) e entre outras publicações mais recentes, a Folha Médica, março 1939; e Fásekas — O Romance das Vitaminas.

O termo vitamina já é de uso corrente, até mesmo nos sertões, graças à radiodifusão e a educação sanitária.

vitinga: espécie de farinha.

viúva ou cabo verde: lagosta dos recifes de Pernambuco.

viuvada, meninico, almoço fresco ou de fato: No Norte, guisado de vísceras frescas, muito condimentado e indigesto. (A. da Silva Melo, p. 264).

voador: peixe.

volovan (fr. vol-au-vent): espécie de empadão, de carne picada, peixe ou galinha, palmito, abóbora d'água, ovos cozidos, pimenta malagueta, etc.

xarope: calda rala, de água e açúcar, a que se juntam essência ou suco de frutas (vide capilé); quando adicionadas de aguardente, passa a licor.

xarque: vide charque

xerimbabo (na Amazônia) ou mumbazo (ou mumbavo?, no Paraná): todo animal de criação (Peq. Dic.); animal doméstico, criação (A. da Mata); em Os Igaraúnas (p. 20), de Raimundo Morais, lê-se: "Ela paga em xerimbabo:

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