Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

e, algumas vezes, gibão de couro e perneiras(5). Nota do Autor À cabeça, traziam alto e amplo chapéu de palha e, aos ombros, o embornal de mantimentos; ao lado, a guampa(6) Nota do Tradutor para tomar água, e uma cuia(7) Nota do Autor para as refeições. Como armas, uns traziam o trabuco, outros o machado. Todos, porém, possuíam o facão.

Assim aparelhados, dirigiam-se sempre para frente, vivendo somente da caça e da pesca, de frutos e mel silvestres. Se a viagem devia ser longa levavam muitas sementes, principalmente milho e feijão, assim como ferramentas com que preparar a terra, a fim de, na ocasião necessária, iniciar o plantio. Se este se tornasse necessário, faziam-no diligente e alegremente e retornavam ao lugar ao tempo da colheita, não pela necessidade, mas dominados pela saudade que sentiam dos alimentos habituais.

Nessa terra abençoada não é preciso semear para colher. Aqui a natureza não deixa o homem morrer de fome, oferecendo-lhe em abundância o necessário à vida. Munidos de espingarda, pólvora e chumbo, laços, armadilhas, anzóis, arco e flexa, machado e enxadas, conseguiam todo alimento que desejavam: carne, peixes, palmitos, frutas, mel e, mesmo, bebidas espirituosas(8). Nota do Autor Os campos e a mata davam-lhes

Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1 - Página 32 - Thumb Visualização
Formato
Texto