Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

Os mineiros não se utilizam de peneiras para separar as partes pulverizadas das mais grossas. Para fazer esta separação limitam-se a despejar todo o material britado em um monte de areia em forma de pirâmide, de maneira que o fino se acumula no cimo, enquanto o mais grosso rola até a base do monte.

O material fino é então lavado nas canoas e apurado nas mesas dormentes do modo já descrito. Como ainda não se obtém uma pulverização completa, o material concentrado na canoa é novamente submetido a uma pulverização suplementar, atribuindo-se o mesmo entre duas pedras duras.

Estas são grandes lajes de anfibólio-xisto, ou de itacolomito compacto, de dois pés quadrados(217), Nota do Tradutor a que se dá uma inclinação de 30 graus, mais ou menos.

O encarregado da pulverização coloca-se atrás da laje, tendo à sua esquerda o monte do material a pulverizar e à direita um vaso cheio de água.

Na ponta inferior da laje, existe uma gamela destinada a receber a lama fina que, pouco a pouco, vai deslizando pela laje abaixo.

Ele dispõe sobre a laje uma pequena porção da massa arenosa, que borrifa de água, e dá início à pulverização, atritando a massa com um outro fragmento de pedra, à semelhança do que faz o pintor na moagem de suas tintas.

Percebe-se facilmente que é necessário um grande número de escravos para executar esse tão pouco produtivo trabalho. Um único pilão de socamento hidráulico e uma pequena instalação poderiam facilmente evitar esse inconveniente.

Diversos mineiros já se convenceram disto e prosperaram mandando instalar um pilão a duas mãos, de socamento a seco.

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