Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

A construção desses engenhos é, porém, tão mal feita, que não merece sequer uma descrição. Tudo é disposto de modo a perder força e tempo, exigindo cada um deles a assistência de sete pessoas para um rendimento diário quase nulo.

O pilão tem por base uma laje de pedra, que mergulha lenta mas continuamente no solo, sem que pessoa alguma trate de mantê-la fixa.

Dois homens transportam o material destinado ao socamento, dois se encarregam de distribuí-lo sob cada mão do pilão e três outros se incumbem de deitar o produto britado nos montes de areia já mencionados. O grosso volta novamente ao pilão para ser triturado.

Mesmo com as suas deficiências, o pilão constitui um progresso em relação à pulverização manual. Contudo, é ainda muito precário, sobretudo quando se considera que as duas mãos dificilmente possuem movimentos sincrônicos. Isso dá lugar a uma marcha irregularíssima da máquina(218). Nota do Autor

Um segundo progresso realizado pelos mineiros foi sem dúvida a introdução de uma instalação para pulverização. Até então não lhes viera a ideia de um moinho. Tomando, porém, por modelo o trabalho de pulverização realizado à mão pelo escravo, imaginaram um aparelho suscetível de substituir a trituração manual.

Uma grande laje de pedra dura, de cinco a sete palmos de comprimento por três a três e 1/2 de largura(219), Nota do Tradutor repousa sobre um chassis de madeira, inclinado; uma outra

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