Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

Muitos não se convenceram, sendo em vão todos os meus esforços. Só um amigo meu, o Coronel Romualdo José Monteiro, lá mencionado algumas vezes, é que se convenceu da utilidade de um engenho de socamento hidráulico, resolvendo construir um em suas lavras de Congonhas do Campo, onde então todo o trabalho de britagem e pulverização da formação aurífera era feito à força de braços.

Como em sua lavra do Morro de Santo Antônio, dispusesse de uma queda insuficiente e a formação não bastasse para a alimentação de um grande engenho, foi construída uma instalação de acordo com as circunstâncias, isto é, uma pequena, a três mãos.

Farei menção apenas das modificações introduzidas, que diferenciam esta instalação das demais.

Assim, eu não coloquei o cocho do pilão de modo a receber só uma bateria de quatro pilões, ao invés de todas. Isso visava oferecer espaço para a colocação das tangedouras no eixo da roda hidráulica.

O cocho possui em suas faces anterior e posterior os crivos, um pouco inclinados em relação à vertical por onde escapa o material britado. Esses crivos foram feitos de folhas de cobre, perfuradas de modo a só deixarem passar areias de granulação finíssima. Além disso, como esses crivos se acham colocados oito polegadas acima da base do engenho, só o pó muito fino consegue atravessá-los com a água lamacenta. Esta se escoa para uma grande caixa de oito palmos de diâmetro por cinco de altura(222), Nota do Tradutor munida de um sistema de quatro braços, fixos a um eixo vertical de rotação. Cada braço recebe agitadores de ferro, usualmente almocafres(223). Nota do Tradutor Esse aparelho tira seu movimento de uma roda de engrenagem fixa no eixo da roda hidráulica,

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