nacional, era republicana. Por isso, em 22 mesmo, já existia um partido republicano.
A memória de Fragoso, dessa data (com o intuito de propagar a ideia de união com Portugal) faz apelo explícito à existência do perigo - República. Ao apresentar a Ordem do Cruzeiro, produzida com a independência, para glória dela, arrazoa o velho Andrada: "O Imperador, a exemplo dos seus gloriosos antepassados...", e, por isso, foi duramente atacado pelos republicanos, refere a crônica do tempo.
A adoção da monarquia foi, de fato, uma vitória do lusitanismo, amparado no inglês, contra as nossas aspirações. As peripécias do reconhecimento do Império pelas grandes nações aí estão para demonstrá-lo.
Apesar de que já aqui estava o trono dos Braganças, e do fortíssimo apoio que encontrava nos portugueses entrincheirados nas suas posições, ele não lograria ficar definitivamente, se não fora o gabinete de Saint James a fazer finca-pé em favor da Coroa portuguesa, sua aliada.
O Sr. O. Lima, no livro destinado a acentuar a grandeza dos serviços de Canning ao Brasil, o que destaca, de modo impositivo, é a verdade: sem a ostensiva e intransigente intervenção favorável do inglês, toda a maquinação portuguesa teria malogrado. No caso, os seus conceitos têm valor especial: ilustram-se de excelente documentação diplomática, e vêm de uma mentalidade que se não assemelha, em nada, à de um jacobino, isto é, a um extremado republicano. O Sr. O. Lima chega a afirmar que "Em 23-24, Pedro I estava em plena popularidade!...". Pois bem, contudo, comentando as dificuldades opostas por Portugal ao reconhecimento, diz esse historiador: "... uma terra [o Brasil] que, na essência democrática, se vangloriava de constitucional, e, entre homens de Estado que andavam intimamente, e, em muitos casos inconscientemente, mesmo, solicitados por predileções republicanas ...". Já