o primeiro imperador... paisanos, militares, republicanos, federalistas e liberais, pareceram todos concordar!...\" Nestas palavras, Moreira Azevedo insinua que, nesse mesmo ato da abdicação, os republicanos afrouxaram dos seus intentos. Ora, aí está toda a história, a contar-nos as sucessivas tentativas deles, exaltados, para mudar o regimen, em oposição à política contemporizadora dos moderados. Num desses momentos, em abril de 32, os federais, exaltados,chegaram a levantar ostensivos vivas à república. A energia de Feijó dominou-os, no momento; eles, porém, continuaram a existir, tal o atesta o sensatíssimo Evaristo da Veiga, ao fazer o elogio de Pedro I, morto : \"... as opiniões vão achar-se divididas como em 31, entre os que desejam a sustentação da monarquia constitucional e aqueles que, a todo custo, quereriam a proclamação da República\". Depois, foi toda a miséria que, através dos Araujo Lima, Hermeto, Calmon, Bernardo de Vasconcellos, deu lugar ao Quero já e à dissolução prévia. Então se provou que se não extinguira de todo a voz da tradição republicana: no arremesso de 42, mesmo derrotadas, em Pau d\'Alho, as tropas revolucionárias gritavam Viva a República! Abaixo o trono estrangeiro que nos avilta!...\"
A DEGENERAÇÃO DO TRONO
Se procurarmos os efeitos da degeneração nas classes dirigentes em especial, se os classificarmos segundo as qualidades e atividades degradadas, temos, então, os atestados completos, e numa extensão de sintomas já alucinante. Começa, naturalmente, pelo próprio trono, e manifesta-se, nele, com as primeiras ondas de riqueza. A exibição manuelina em Roma, e o rolar de dinheirama, como o Venturoso o ostentava num Aviz, já é degradação de critério, degradação na proporção