tiro. Mas, depois quando a paz de Westfália desembaraçou a Espanha da Holanda, e que ele viu a possibilidade de ser fortemente combatido, pressentindo riscos", D. João IV não resistiu no medo, e tratou de se salvar a si.
Não duvidara alienar o ultramar e subscrevera todas as exigências humilhantes... mas arriscar tudo, inclusive a cabeça...". Foi quando ele se deu, inteiramente, e com Portugal, ao inglês. Em rápida súmula de caráter, Lucio de Azevedo qualifica-o: "... pusilânime, ingrato, vingativo, cruel..." e desafia a série das suas consagradas cruezas.
Vêm os filhos de D. João IV. D. Teodoro, que devia reinar, de quem dirá o mesmo historiador : "... mal entrado na adolescência, dado a devoções e já maníaco da astrologia, bisonho, metido em si, um tanto mulherengo...". Nem é preciso mais para patentear a degenerescência.
Do que se lhe segue, D. Afonso, e toda a história de sua vida, abjetamente trágica, na degradação de um "... caráter imundo, inclinações vis, gostos obscenos..." A esposa, a rainha, preferiu o cunhado, e os dois, numa rebelião palaciana, encerravam-no e tomaram-lhe o poder. Esse irmão é aquele a quem os franceses, benevolamente, consideravam um tanto doido. Foi o próprio que completou a submissão e subserviência de Portugal à Inglaterra, com o célebre tratado de Methuen. Teve duas glórias: lançou o pobre Portugal numa guerra de equilíbrio europeu, e fixou as formas do definitivo absolutismo em Portugal. O filho, D. João V, consegue adiantar-se em degradação a todos os Braganças, já famosos como degenerados. Foi o rei singelamente classificado em beato e devasso, reinando num mundo de costumes ridículos e nojentos. Para dar-lhe os meios de beatice e devassidão, a fortuna lhe trouxe as minas do Brasil. "Enfatuado e devasso, corrompeu e gastou, pervertendo-se também a si e desbaratando toda a riqueza da nação. Teve como