O Brasil

gordo, vulgar, pouco inteligente...\", tal o sentia e compreendia o Sr. O. Martins.

Gervinus, sem motivos para dar-lhe mais espaço, é sumário: \"fraco, boçal, governando em nome da mãe louca...\". Sales Torres Homem, enquanto ainda era Timandro, define-o pelo que lhe falta: \"A dignidade, a fé, a lealdade, a severidade de costumes, a energia de caráter, a ilustração, tudo enfim quanto é indispensável a um Rei, faltava-lhe ...\". O Sr. Pereira da Silva, sem nenhum intuito de malevolência, teve de pintá-lo num desatino tal, de covardia e terror, que já não é o simples medo dos covardes normais. Armitage, inglês bragantista, e que alcançou muito perto a fama dos seus atos — regente e rei, sente-se obrigado a ser compassivo, e, se deixa de lado a pobre criatura, olha para o mundo onde ele se retrata, e desanda: \"A moral da Corte era também a mais baixa...\". O Sr. Oliveira Lima chega a ter, quase, entusiasmos pelo governo que elevou o Brasil a Reino Unido, mas, ao mesmo tempo, considera-lhe a Corte \"ignara e moralmente corrupta\". Enquanto esses deslizam sobre a moleza de D. João VI, Maximiano Machado, baseando-se em Soriano, mostra‑o qual é. Fez assassinar covardemente Frei Inácio de São Caetano, confessor da Rainha, e que era um homem, porque este o tratava como um imbecil e um lorpa que era. Foi este crime que desencadeou a doidice da rainha. O nosso Pedro I, em quem o Sr. O. Lima reconhece o erotismo de Carlota Joaquina, é, de fato, linhagem de Bragança, excitado por aqueles fogos da mulher que, por isso, até fazia medo ao rei: \" ... desadorava o ardor da esposa infiel...\". Armitage tem exclamações. \"Eram infidelidades do Conde dos Arcos (primeiro a ter ideia de uma independência em favor dos portugueses), e dirigido pelo carrasco do padre Roma, preparou o movimento de traição, que começou por enxotar o rei e pai, e acabou por tirar-lhe o domínio efetivo do Brasil. Foi nesse intuito