que ele, apenas príncipe real, fez fuzilar os eleitores reunidos na Praça do Comércio, depois chamado o Açougue dos Braganças. D. João VI estava escandalizado contra o Principe Real, por ter ajudado os esforços feitos para obrigá-lo a sair do Rio de Janeiro. "No momento de traçar o caráter de Pedro I, por si, e por Evaristo da Veiga, seu evidente inspirador, Armitage não hesita: "O imperador tudo maquinara para ter o gozo da autoridade livre e suprema por que tanto anhelara, mas...se tornou incapaz de governar, pela aquisição dessa autoridade ... Afastava da sua presença os homens probos... comprazia-se com a mais vil adulação... Continuava a frequentar cordial e familiarmente os indivíduos de baixas classes... Passava a maior parte do seu tempo com a sua concubina pública, a quem cumulava de riquezas... ao passo que a imperatriz era obrigada a pedir pequenas somas emprestadas aos criados... Em vez de amigos, tinha favoritos... Fez de um criado português, secretário: "Chalaça", bulhento, extravagante, dissipado e insolente... tanta influência ganhou no ânimo de seu augusto amo, que se pode avançar, sem exageração, que partilhava com ele a autoridade suprema". As palavras do inglês encerram a documentação de uma caracterizada degeneração, o influxo de um Brasil, jovem e viçoso, aliviaria, um tanto, a figura de D. João VI, da sua chatice hedionda; os ardores de Carlota Joaquina, a sua ambição, desprevenida de senso, realçara, no seu filho, a clássica sordidez dos Braganças, para dar-lhe esse mentido aspecto de aventuroso e entusiasta, sem lhe afastar a degeneração essencial, antes agravando-a em ímpetos novos. Napier, que conheceu a prole de D. João VI, deixa dos dois, D. Pedro e D. Miguel, um juízo que equivale a um diagnóstico de loucura. O Dr. Casanova, médico de Pedro I, não tinha mais dúvidas, a respeito do seu valor mental".
"O Imperador é louco; se me vierem dizer que ele