O Brasil

todos os recursos materiais de quem está em casa, num estabelecimento feito, e domínio absoluto, com o conhecimento perfeito, as águas interiores e de todas as suas dificuldades.

Jerônimo de Albuquerque tinha ficado com uns 300 soldados brancos e mamelucos, mas em tudo o mais, inclusive o tratamento dos feridos, estava à mercê dos vencidos.

Depois de mais de um combate, ele teve a ideia nítida da força que ainda restava aos franceses, e da necessidade de não fornecer ensejo a qualquer vitória, em que estes se retemperassem do golpe que receberam.

Jerônimo de Albuquerque aceita então uma trégua com La Ravardière, num gesto político bem brasileiro, à revelia da metrópole, que as reprovou, embora delas tirasse o resultado principal com os elementos de socorro.

Ao assinar com Ravardière o pacto de trégua, Jerônimo de Albuquerque acrescenta ao seu nome o de Maranhão,como significando um traço de nobreza puramente brasileira.

Veio daí um português, Castelo Branco, que procurou novo entendimento com os franceses para anular a ação do brasileiro, o que não conseguiu.

Ravardière acabou entregando-se por completo a Jerônimo de Albuquerque, confessando que se os portugueses não tinham meios de vencê-lo, o general brasileiro, entretanto, lhe tomava todas as saídas, anulando-lhe os meios de defesa.

Sob o influxo desse Albuquerque Maranhão o norte se fez imediatamente Brasil, na própria tradição de Pernambuco,donde procedia pelo ânimo dos que o conquistaram.

Alexandre de Moura, influindo em Gaspar de Souza, foi quem mais concorreu para que se destacasse do Brasil o que se chamou depois Estado do Pará-Maranhão,