exclusivamente de pirataria, o Brasil é menos procurado. A fúria dos ingleses vai sobre os galeões do Peru e a Índia francesa. No terceiro período a Inglaterra tira de Portugal o que pode, de um modo mais eficaz, sem se dar à pena de fazer conquistas ostensivas. Esses motivos gerais devem completar-se, no entanto, com a essencial resistência do Brasil e a sua capacidade de defesa. Ainda que fraco, desde cedo o inglês avança sobre o Brasil. Começa no mesmo tempo que a colonização regular dos portugueses.
Tentaram os ingleses estabelecer-se na Bahia, primeiro, depois no vale do Paraíba, onde, segundo Southey, contavam com o apoio de mamelucos e cristãos novos que os auxiliavam nessa tentativa de fixar-se no Rio de Janeiro e também no Espírito Santo.
Sobrevinda a anexação de Portugal à coroa dos Felipes, os ingleses, mais senhores do mar, têm mais desassombro nos seus planos, aparecem, sucessivamente, John Withall, Fenton, Wiltrigton, Liste, Cavendish, Lencaster, em épocas diferentes, sendo todos mal sucedidos, com exceção de Lencaster, que obteve êxito em Recife.
Os ingleses começavam as suas tentativas sobre o Amazonas em 1616, na terra dos Tucujus. Estabeleceram-se uns 200, garantidos pela aliança dos naturais e esperavam um reforço de mais de 500 aventureiros,quando Jacome Raimundo os atacou e desbaratou completamente. O comandante inglês era soldado de valor, e de renome nas guerras dos Países Baixos.
Nesse mesmo tempo procuravam eles estabelecer-se no Oiapoque. Então o Rei da Inglaterra, Jorge I, já havia dado, a três de seus servidores toda a região compreendida entre o Amazonas e o Esequibo. A concessão foi transferida, depois, a uma companhia organizada por Norta, representante de Lorde Buckingham.
Em 1623 os holandeses eram vigorosamente batidos.