do Império para com a escravidão, todos os lineamentos em regressões aviltantes, da sua política geral. É um aspecto em que se tem a medida de tudo. Veremos, num paralelismo infame, como, à medida que o Brasil glorioso de 1824-31 decai para as apostasias que dão na frouxidão insincera e dissolvente de 1860, degrada-se a moral governamental, para vir, do programa abolicionista dos revolucionários de 6 de março de 1817, dos projetos generosos de Jose Bonifácio e das realizações nítidas de Feijó, a essa política torpe e inumana que só extingue o tráfico quando o inglês o impõe com vilipêndio da soberania nacional, e só atende à questão da emancipação para desmentir o Paraguai que, em propaganda de defesa, apresenta o Império brasileiro como o país da escravidão, sendo preciso, ainda, a intervenção dos abolicionistas franceses, perante quem o imperante quer ostentar filantropia. Já infamado o Brasil no negreirismo de 1838-50, mais o aviltam quando armam uma legislação de ilusória libertação (28 de setembro de 71), para marcar, definitivamente, escravos, centenas de milhares de brasileiros, homens livres, assim como os africanos importados, depois de legalmente suspensa a importação de escravos. E tudo isto se fez contra as tradições patentes da nacionalidade brasileira.
De todos que estudaram o Brasil colonial, e podiam julgar desse caso, nenhum o conheceu melhor do que Southey, e este, ao definir as possibilidades desta pátria para prever-lhe os destinos, predisse a pronta extinção de trafico, e, a seguir-se-lhe, a abolição do trabalho escravo. Foi a conclusão que se lhe impôs, ao constatar a relativa bondade dos brasileiros senhores de escravos. Isto ele o proclamou mostrando-nos muito mais humanos do que os seus patrícios. E razão lhe foi dada, seis anos depois, pelos revolucionários de 6 de março de 1817, esses, que, ao sentirem a responsabilidade