Quando Feijó se sente repelido pela política dos dirigentes brasileiros, a crise de 1831 já se resolvera pela volta definitiva e completa da política nacional às formas do puro bragantismo, até o ponto de um deputado da Nação escrever e publicar um livro para demonstrar as vantagens legítimas do tráfico, indispensável (em 1845), afirma ele, para o progresso do país; até o ponto de que em 1861 ainda havia africanos livres trabalhando como escravos na Fábrica Nacional de Ipanema. A tradição brasileira ainda tem raras vezes (com ocasião, Antônio Carlos, ministro em 1841), de reencetar os ajustes contra o tráfico, ajustes tentados com o governo inglês, por Feijó, em 1837; mas desde 1833, 34, à medida que se desnaturava a política brasileira, avultava a escravidão. Aproveitando, com habilidade infame, as dificuldades feitas aos governos da Regência Trina, os negreiros reforçaram o seu negócio. Num aviso de 29 de outubro de 1834, o governo geral deixa a confissão implícita da impossibilidade de defender os africanos importados de contrabando, e, a pretexto de promover a educação dos mesmos, toma uma série de providências que importavam na escravização deles. Nesse aviso, comenta Tavares Bastos, ainda há um pouco de pudor: em 1836, a injustiça se desmascara, em 43 é a ostentação... Vem Feijó, com toda a sua energia, mas não consegue ser um dique à miséria, e, de 1838 em diante, é a franca enxurrada da escravidão, em que se fará a apoteose do regimen resplendente em 1865. O governo imperial não se limitava a fechar os olhos ao tráfico. A sua política dizia, em todas as linhas, que o Brasil estava votado ao trabalho escravo, único possível, e o negreirismo alastrou com o prestígio do mesmo império. Nunca entrou tanto africano escravizado no Brasil. A civilização nos vem da Africa, proclamou desde logo a política conservadora. Segundo as estatísticas adotadas pelo governo brasileiro, o número