O Brasil

de escravos em 1819, era de 1.930.000, número que, até 1840, não aumentou quase. A importação foi apenas o bastante para compensar o excesso de óbitos sobre os nascimentos; de 1841 a 51, despejaram os negreiros dentro do Brasil 325.615 africanos, para a escravidão francamente aceita pelo regimen. Compreende‑se que o Bill Aberdeen seja de 1845. E isto ainda não bastou. Não lhe dando maior importância do que o tardio protesto de 23 de outubro, o governo imperial como que estimulou a infâmia; em 1846, o tráfico dobrou 51.000, em 1847 57.000, em 48 60.900. E se desceu em 49 para 50.000, foi para subir logo, em 50, a 57.000. O governo inglês já havia perdido toda paciência, e, sentindo-se justificado, não teve medida nos ataques à nossa soberania nacional, que era, desgraçadamente, a de uma nação empolgada pelo negreirismo.

De fato, de 1837 em diante, salvo os momentos de absoluta confusão, governava-se o Brasil com ânimo dos escravizadores. A primeira tradição do Brasil anti-escravocrata sumira-se nas apostasias dos Vasconcellos e os mais, com quem se constituira e se engrandecera o Segundo Império. Nem no caso mais expressivo do que o desse Vasconcellos, liberal e abolicionista em 1820, para dar em conservador e escravocrata. Saldanha Marinho o disse em 1869, sem que o contestassem: \"Os conservadores são os mesmos que subiram (em 1841) e enriqueceram à custa da introdução criminosa de africanos no Brasil\".

Em verdade, não é preciso ser conservador; naquela indeterminada exploração do cativeiro, há casos como este: \"Holanda Cavalcanti que, em 1826, fora abolicionista, apoiando explícitamente a convenção contra o tráfico, em 37 apresenta um projeto, no Senado, revogando a mesma convenção.

São os dias em que Cândido Baptista vem com aquele