sob a direção de Senna Madureira, foi festivamente recebido o jangadeiro Nascimento, herói da libertação do Ceará. Pode-se mesmo dizer que ali nasceu a questão militar, que fez ruir o Império. Assim, entrelaçadas, Abolição e República, chega a ser inépcia na exatidão o pretender que 15 de novembro foi obra de escravocratas, contra o trono. Aponta-se um deputado que, por despeito, se declarou republicano. Apagado o caso do subsecundário deputado Penido, escravocrata antes, desprezado ali mesmo, esquecido depois, o que vale uma exceção destas contra toda a sequência dos fatos? Quando o grande Luiz Delphino, republicano e abolicionista, veio consagrar com o seu poema a tardia redenção dos cativos, ele, que o podia fazer, irmanou numa só liberdade as duas redenções:
rompa em breve um grito
Da nossa rude voz, dura como o granito,
Retemperada aos sóis, na cama dos sertões...
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Que arranque o servo à gleba, ao sono às multidões.
Então, como hoje, em louca efervescência
Far-se-á de uma vez só a nossa independência,
Teremos liberdade inteira, de uma vez;
E em todo o continente americano, um bravo
Como o que hoje soou, libertado do escravo
Soará amanhã libertado dos reis!
A PROPAGANDA REPUBLICANA
A vitória do abolicionismo abriu caminho à República, mas, assinalando esta verdade, é preciso notar, também, que a propaganda republicana, pelo necessário