tom de afronta em que se fazia, anuiu muitos dos valores em que se fortalecia o escravatismo. Nem seria possível desconhecer que os abolicionistas, vendo e sentindo ao lado uma outra propaganda, a republicana, refaziam-se em ânimo, para mais ataques, cada vez mais fortes. Uma propaganda insuflava a outra, comunicavam-se entusiasmados, com efeitos mais vastos e mais extensos. Eram consonâncias que se reforçavam. O abolicionismo falava à generosidade, comovia; o republicanismo entusiasmava os ânimos e os inflamava; uns propósitos aproveitavam os efeitos do outro, sobretudo porque diziam, ambos, com a essência da alma brasileira. Ruy Barbosa, visão sem perspectivas, mentalidade sempre apaixonada e pessoal, porque fora um batalhador ardente da Abolição, e que não viera da propaganda republicana, depois de acentuar o quanto se compadecera e se exaltara o país pela sorte dos escravos, diz, da República: "...originou-se de um mero acidente o movimento (republicano); a Nação aceitou-o. Mas não era seu. Não lhe deriva das entranhas como o abolicionismo...". Voltado para a crise de 1831, mais aparente razão teria o famoso orador de se considerar o 7 de abril mero acidente, pois que se fez sem preparo ostensivo, sem propaganda explícita para redimir a Nação brasileira pela eliminação do príncipe. Uma simples irritação, por motivo de um ministério reacionário, faz desencadear-se o movimento revolucionário mais nítido da história nacional. E tudo que se segue patenteia profunda convulsão, em crise iniludível, orgânica, de toda a Nação brasileira.
As dificuldades que se multiplicavam e a sinistra política involuntária em que esta pátria cai, depois, vêm de que, mal compreendidas as coisas pelos sinceros, com a moderação por ideal (por que as coisas facilmente se passaram), esses mesmos pensaram resolver