o caso na solução da crise aparente, sem atender a esses motivos profundos, que levaram a Nação ao vômito de 7 de abril.
O Sr. J. Nabuco enxerga o movimento republicano numa visão mais retraída ainda. Dá que "o espírito republicano começou a lavrar nos brasileiros durante a guerra do Paraguai, pelo contacto com os republicanos do Sul...". Os republicanos declarados seriam impotentes se a atitude dos monarquistas tivesse sido previdente e precavida contra semelhante perigo. O instinto, o sentimento da nação, em sua quase totalidade, era de adesão e lealdade às instituições (monárquicas)... a crença, porém, de que as instituições não corriam verdadeiramente perigo, a certeza de cada partido, de cada político, de poder ela salvar a monarquia... quando esta recorresse a ele, fazia os nossos partidos constitucionais olharem com simpatia as dificuldades que os republicanos criavam ao governo, e o concurso que indiretamente lhes prestavam. A ideia republicana, apenas defendida e advogada por homens que renunciavam a tudo para servi-la, era quase um solilóquio; o que a engrossava eram os ataques dos que, monarquistas, hostilizavam a monarquia por impaciência de subir...". Passemos à implícita condenação do regimen monárquico, e que se contém nesse cotejo, donde resultava que os brasileiros viajados pelas repúblicas do Sul se tornavam republicanos; pensemos, para pasmar, nessa indiferença do pernambucano pela história da sua terra, que, em alma, nunca foi senão republicana; no mesmo lance, consideremos a facilidade com que Nabuco se move por entre inverosimilhanças e inexatidões, e demos às suas verdades o verdadeiro valor. Sim, não viria a República se os monarquistas — ou, melhor, se houvera monarquistas sinceros —, para se arrecearem de um novo regimen a que não quisessem