O Brasil

aderir... para serem previdentes. A quase totalidade, não da Nação, mas dos incluídos nas classes dirigentes, era de futuros adesistas, sem preocupações de lealdade à monarquia. A prova dessa ausência de lealdade é o Sr. Nabuco, quem a dá, quando no-los mostra, aproveitando as dificuldades que os republicanos causavam ao regimen, engrossando com os seus ataques, de ambiciosos e desleais, a própria campanha dos republicanos. Ideia republicana — solilóquio é frase, no veso de literatar.

Um outro liberal adiantado, também elegante em não aderir à República, o Sr. Afonso Celso, hoje conde, também indiferente à história do Brasil, levou a sua elegância ao ponto de afirmar : "...raízes e tradições republicanas é o que nos falta...". Não ocorreu, sequer, que o Brasil está na América, penetrado de todas as suas tradições; não lhe lembrou o heroísmo de todos que deram a vida no empenho de um Brasil independente e livre, e que, todos, foram republicanos. Antecipadamente, Silva Jardim lhe deu resposta, quando acentua que não houve brasileiro a morrer pelo rei, ao passo que muitos afrontaram a morte pela República.

Paralela ao movimento abolicionista, a campanha pela República tem origens próprias, mais profundas ainda que as da Abolição. Na nossa história, ela mergulha até os dias de 1710, até a rebeldia de Bequimão. É, ao lado do zelo patriótico, a mais antiga e formal das tradições nacionais. Os republicanos de 6 de março de 1817 chegaram a ser poder. E foi preciso a insania de generosa concórdia deles, e todo peso do Estado Português já aqui estabelecido, para que não se fizesse, ali, a definitiva autonomia do Brasil. Depois com esse peso, que já era asfixia na infecção, foi preciso, ainda, a realidade da intervenção inglesa, para que a tradição republicana não se impusesse nos dias de 1822. Realizada