que a política imperial deu lugar às chamadas questões militares, que, finalmente no Exército, se incorporaram num protesto geral, na sua parte mais representativa. E começou o conflito, para dar lugar imediatamente a um recuo do poder civil, tão desastrado e vergonhoso, que logo convenceu os militares de que podiam ir até onde quisessem. Paranaguá, presidente do Conselho, apresentou ao Parlamento um projeto de reforma das forças de terra, com o qual se julgaram lesados, ou ofendidos, os oficiais do Exército; o pessoal da Escola Militar decidiu, então, discutir a projetada reforma, e aceitou de escrever os artigos o tenente-coronel Senna Madureira, oficial de grande atividade, competência e prestígio na classe, ao mesmo tempo republicano e abolicionista. Formulam-se censuras, há um quase abalo nos meios políticos, e a Escola Militar, com grande número de oficiais, de todas as patentes, vem publicamente apoiar a atitude de Madureira. Resultado: Paranaguá, no Senado, engole o seu projeto. Agora, quando era preciso evitar qualquer atrito com o Exercito ensoberbecido, o governo reacende a crise no ano seguinte, a propósito de uma manifestação abolicionista de Senna Madureira, inócua e perfeitamente cabível (no Governo Lafayette).
Carrega-se, definitivamente, a agitada atmosfera política de mais eletricidade revolucionária; tudo é motivo de manifestações, sempre provocadas politicamente pelos governantes. Um deputado, baldo de efeitos oratórios, trata o coronel Cunha Mattos, a propósito do serviço público, de traidor e covarde. O ministro da Guerra ouve impassível o insulto ao oficial, e este vem responder ao político em tom correspondente à injúria, ao mesmo tempo que estranha a indiferença do seu superior hierárquico, o ministro, o qual, agora despertado