Já estrugia a oposição de propagandistas, quando se conheceu o projeto de constituição, gerado no seio do governo. Incluía as famosas conquistas liberais dos decretos iniciais, as garantias civis e políticas de que sempre gozamos, e a explícita federação das antigas províncias, monstruosa federação, cuja apreciação exige páginas especiais.
Foi esse projeto que, com pequenas emendas, e alguns empréstimos das constituições argentina e americana, se fez o estatuto essencial da república brasileira. Logo depois do projeto governamental de constituição, foi decretado e publicado um regulamento eleitoral falho, aberto à fraude, avesso a qualquer possibilidade de legítima manifestação do país no definir da sua vontade. Melhor não o arranjaria qualquer dos viciados politiqueiros do Império. E veio a Constituinte, tímida, apagada, nos primeiros dias. Viu-lhe a vida à Constituinte, quando, na sua surda intensidade, a oposição pôs nas mãos de Ubaldino do Amaral uma célebre moção que, a ser aceita pelo Congresso, tiraria o poder ao Governo Provisório. A maior parte dos antigos republicanos votaram contra, mas já estava definida a oposição como de "republicanos históricos", e, com isto, romperam-se os diques; a política da República se fazia, agora, para a esterilidade dessa luta. Já Deodoro rumava para a reação, e não tardou que os companheiros do "Provisório" se sentissem desafetados: demitiram-se, vieram para a oposição, principalmente os antigos propagandistas de Glycerio a Campos Sales. O resto da constituição é votado nesse influxo — oposição ao ditador e ao seu ministério de Lucenas, mais reacionários do que o ditador. Logo se trata de elaborar o impeachement, que o chefe do governo recebe como afronta. E já se pleiteia abertamente a eleição presidencial, para derrotar