o ditador, grande combate em que ele é moralmente vencido: uma quase maioria de votos foram para Prudente de Moraes. A atmosfera é de acesa campanha, já agora em torno da Constituição, repelida pelo ditador. No dia em que esta foi jurada, estavam todos a postos, queimavam morrões; a banda de música, que lá estava para consagrar o ato, foi mandada por um particular, em atitude de oposição ao governo. No dia seguinte ao da eleição, encheram-se as galerias de partidários da ditadura e da oposição. Meses depois, sem pasmo para ninguém, é dissolvida a Constituinte, eliminada a Constituição.
Viera, como vice-presidente, Floriano Peixoto, o mesmo que, a 15 de novembro, decidira da sorte da revolução, determinando que ela se fizesse sem luta. Apesar disto, até então, e mesmo depois da eleição, esteve sempre afastado das contendas já abertas na República. Era um proceder muito de acordo com o seu feitio reservado, retraído, avesso a exibições. Contudo, mesmo à margem dos acontecimentos, figurava com um prestígio crescente. Todos sentiam que havia ali uma força, mas como energia íntima, para a obra a que se desse. Foi, essa obra, a própria vida e estabilidade da República. No antigo regimen, classificara-se Floriano como "liberal", talvez que pela de espíritos democráticos que o animava. De todo o modo, nunca fora um político, para a carreira de Caxias, Câmara...Destacara-se, apenas, como oficial, nas qualidades e na inteligência próprias à função. Desta sorte, a sua nomeada fora da classe era como irradiação do prestígio que aí gozava. Ouro Preto fora buscá-lo, porque intentava constituir um nucleo potente, dentro do Exército, e com o qual pudesse contar em face dos galões que, na questão militar, afrontava o poder. Floriano aceitou a comissão, no ânimo, evidentemente