O Brasil

Na crise final, foi decisivo o concurso de pernambucanos, baianos, fluminenses e paulistas, os verdadeiros combatentes na guerra que ali devia ser feita.

Preparam-se os reforços que deviam reconquistar Pernambuco. Vieram, com a triumfante e famosa esquadra de Oquendo, as truculentas tropas de Bagnuolo, a quem coube o inglório papel de consagrar a definitiva derrota da metrópole.

Eram no entanto veteranos das guerras europeias e em número relativamente respeitável: 4.000 homens de tropas regulares.

Com a estúpida e grosseira soberbia, os europeus irritavam a muitos brasileiros, fazendo arrefecer o entusiasmo dos menos confiantes, e determinam a passagem do formidável mameluco Calabar para os holandeses.

Bagnuolo é o contraste do alagoano, valente quanto astuto. Perde-se o litoral da Paraíba, perde-se o próprio arraial do Bom Jesus e chega o momento em que só há, de possível, a retirada. É a retirada para as Alagoas, sinistro e desesperado expatriamento de vencidos, soldados esgotados, entregues à miséria sem remissão.

Dos portugueses, a maior parte havia ficado no Recife negociando com os holandeses. Com a retirada de Matias de Albuquerque acabou o mais eficaz da resistência oficial contra os invasores. A resistência inicial foi organizada por um capitão nascido no Brasil, feito no espírito da nova pátria, capaz de aproveitar as suas energias. Fora dominado no primeiro momento, porque tudo lhe faltou, talvez, mesmo, a independência de ânimo para ser inteiramente novo e brasileiro, e também porque os socorros, viciados,vieram perturbar a sua obra. Tudo quanto Matias obtivera, resultara do valor pernambucano. Com um pouco mais