se me hace, estando entre hidalgos portugueses?" (foram palavras colhidas por Fr. Manoel do Salvador que o amparou); o filho de Bagnuolo recusa-se a assistir com sua gente aos batalhões que fraqueavam, e foge (foi preso pelo próprio pai). Só os guerrilheiros Camarão e Rabellinho sabem fazer uma retirada honrosa, e, com isto, salvam os restos das forças. No Brasil, onde a população comum produzia os Barbalho, Camarão,Negreiros, Souto, Henrique Dias, a degradação portuguesa não chegaria nunca a patentear-se como aconteceu nas feitorias e fortalezas dos domínios africanos, quando os holandeses de Pernambuco quiseram apoderar-se delas. Para assenhorear-se de São Jorge de Mina, é enviado, por Maurício de Nassau, o expedito Van Iperen, que lhe descreve ao princípio "... ter tomado o pulso à guarnição, e ser a cousa muito fácil".
De fato, chegados os holandeses ao castelo de São Jorge, o respectivo comandante o entregou sem disparar um tiro, deixando ao inimigo, intactos, os 30 canhões e mais nove mil arratéis de pólvora, 800 balas de ferro e 300 de pedra. Anos depois, já restaurado Portugal, é tomada a Luanda, sem maiores dificuldades nem peleja, e logo depois a ilha de São Tomé, onde, após simulacro de resistência, o governador se entrega.
O Estado português registra a miséria de seu representante encarcerando-o pelo resto da vida. Tudo o mais que o holandês tomou a Portugal fora do Brasil, ele o guarda, exceto Angola, porque um brasileiro, à testa de uma expedição organizada no Rio de Janeiro e cuja melhor força é feita de 600 fluminenses, vai desentocá-lo ali mesmo e o bate, e restitui a Portugal aquilo que soldados portugueses haviam abandonado covardemente.