mais perfeita, pela cultura da simpatia entre os homens, e resultou, do esforço de Comte, a doutrina mais antipática e mais avessa à verdadeira humanização da espécie, doutrina sem ductilidade para corresponder aos imprevistos e novos aspectos da evolução social, doutrina onde as qualidades gerais de uma mentalidade média dominaram o gênio do indivíduo, pervertendo-o, esterilizando-o no abuso das generalizações à outrance, e no exagero das fórmulas, tão nítidas quanto vazias. Essas qualidades formam uma ambiência, ou gênio coletivo, a que se subordina toda a atividade.
Acontece, por isso, que a tradição francesa é como a expressão de uma grande civilização sem grandes gênios, e cujas obras de maior beleza - Paris - são de realização coletiva. Em todos os momentos grandes talentos — muitos Racines para reforço da mentalidade coletiva, contra a qual as individualidades não têm poder bastante, sobretudo no que é preconceito, Gilbert, talvez porque abriu um tanto o espírito noutros horizontes de pensamento, lobrigou um pouco da verdade, se bem que aplique a todos os observadores e viajantes o que é vicio essencialmente francês: "os literatos em viagem vão, em geral, procurar nos países longínquos a confirmação das suas imaginações e dos seus desejos bem mais do que visões verdadeiramehte novas.
Chateaubriand, Gauthier, Flaubert, talvez mesmo Loti.
O próprio Taine não escapou completamente a essa tendência deformadora, e por si mesmo a nota".
O francês, pouco acessivel ao que lhe é estranho, compensa a deficiência de realidade com as generalizações,a que só pede que sejam nítidas e acessíveis. As informações que recebe não são sugestões para observações próprias, mas matéria de teorias imediatas.
Tal aconteceu com o "fetichismo", cuja história, e