do portuguesismo... Não se passam três gerações, e a separação é ódio, a denunciar irredutível necessidade de eliminar o mal. É o ódio com que são combatidos mascates e emboabas. A luta se decidiu pela derrota dos que apenas começavam a viver, e daí por diante toda a vida do Brasil será ungida nesse ódio, conduzida pela necessidade de lutar contra o objeto dele. As vitórias que mantêm os portugueses na situação privilegiada serão novos motivos de separação e de mal-querer. E a tradição se reforça nesses motivos bem definidos nos sucessos que deles derivam.
No Norte, como no Sul, bem cedo se patenteia a oposição nacionalista contra os reinóis.
A TRADIÇÃO REPUBLICANA
O Brasil não só antecedeu qualquer das repúblicas espanholas em movimentos de independência, como, mais do que ali, aspirou sempre um governo republicano-democrático. No Senado da Câmara de Olinda, posto uma república aristocrática ad instar de Veneza... A época, no remoto Brasil, não poderia sugerir instituições mais livres, principalmente a um fidalgo. Todavia, ele falou em república independente, lembrando, até "que se procurasse o apoio de um príncipe cristão contra Portugal...". Era a revivescência do propósito já esboçado na ação dos insurgentes, mas os brasileiros eram muito ciosos da sua tradição, para que aceitassem adotar a soberania de outra nação em represália àquela que os formara. O alvitre não foi admitido,e os senhores de Olinda preferiram apelar lealmente para o próprio rei de Portugal. Fosse qual fosse o resultado, o conceito corrente, daí por diante, é o de que "havia em Pernambuco dois partidos, um realista, outro republicano". E nunca mais se dissipou, na terra brasileira, a aspiração logo incorporada nas