por que se abafou a conspiração, não deu tempo para conhecer-se, com exatidão, a sua magnitude.
O certo, porém, é que tinha raízes em todos os pontos da capitania, e mesmo fora dela. Antes, o cronista do Diamantino já havia acentuado: "Não foi só o amor da Independência... foi, principalmente, o ódio á monarquia... A palavra cidadão já era conhecida, e a encontramos em documentos da época". E Felício dos Santos, nos nomes que inclui, patenteia a importância do movimento. Terá havido aquela proclamada pusilanimidade, mas tudo faz crer que, a propósito de perdoar e comutar as penas em degredo assassino, exageraram a mesma pusilanimidade. A verdade é que, em razão das suas ideias republicanas, manifestadas então, José Joaquim Vieira de Couto fora assassinado em Lisboa, com o pretexto de ser amigo dos franceses; José Elói Ottoni, seu primo-irmão, foi perseguido em nome da Inquisição, tudo isto sob a alegação de serem maçons, pois que toda a propaganda de liberdade se fazia, então, nas lojas. "Os conjurados eram todos iniciados na maçonaria, introduzida por Tiradentes, de volta da Bahia ..." (Felício dos Santos).
A bestialidade da repressão bragantina de 1789 fora para matar todas as veleidades; no entanto, ao findar o século, há quem se congregue, na Bahia, para o fim explícito de fazer a República brasileira... O padre Fonseca Neves denunciou, em 1789, a existência de uma sociedade revolucionária na Bahia, em cujas sessões se davam vivas à liberdade, denúncia confirmada no dia 12 de agosto, pelo aparecimento de papéis sediciosos. Então, sob o governo de Fernando Portugal, abriu-se uma devassa, e quatro infelizes, considerados chefes, foram sentenciados à morte e executados em 8 de novembro de 1799. Os mais foram degradados para a África, onde se lhes terminou a existência. Não demora que, sempre no segredo da maçonaria, se acenda o rastro revolucionário, em Pernambuco.