1886. Guilherme Francisco da Cruz, em janeiro, abrindo a sessão da Assembleia Provincial. "Não obstante me assegurarem que a frequência escolar indicada nos mapas era nominal, contudo essa mesma frequência quando real, era desanimadora. Não só pelas informações colhidas, como pelo estudo da legislação vigente, atribuo essa pequena falta de uniformidade das escolas e dos professores, geralmente mal pagos, à tolerância da acumulação de empregos ou profissões lucrativas que não pode deixar de distrair os professores de seus deveres escolares. Há professores habilitados com o Regulamento de 1884 de 1º e 2º grau; há professores antigos (percebendo 400$ anuais); está criada a classe de normalistas de 1º e 2º grau. Muitas escolas estão mal providas por professores interinos; há professores coletores, e alguns têm a escola junto ao seu estabelecimento comercial. Não há, portanto, instrução primária convenientemente organizada. Quanto a Escola Normal, ela não passa de ser o antigo Liceu, com um diretor especial vencendo 2:400$000 com duas escolas práticas (que nenhuma diferença tem das outras escolas) e com uma cadeira de pedagogia indispensável a tais instituições, cadeira que está vaga por falta absoluta de pessoal habilitado e mesmo porque os vencimentos de 800$000 não são suficientes para convidar um pedagogo a solicitá-la. Parecendo-me, portanto, que é urgente organizar o ensino público primário e secundário, de maneira a estender ao maior número os benefícios da instrução primária, seriamente professada e a tornar eficaz o ensino secundário com o restabelecimento melhorado do Liceu; pediria a atenção do poder legislativo para as seguintes bases em que me parece conveniente assentar a reforma desses dois importantes ramos da instrução bastando para tal resultado, o aumento de sete contos de réis na verba orçamentária. Quanto à instrução primária é urgente uniformizar-se as escolas atendendo a maior ou menor frequência