PRIMEIRA SÉRIE
CARTA I
Meu caro senhor. — Os ecos da Tebaida (1)Nota do Autor aonde vim acolher-me das injustiças dos homens da cidade e procurar descanso para os meus dias agitados, os ecos destas montanhas acabam de repetir nas suas vozes sonoras as frases eloquentes com que pintastes a situação política no dia em que se encerrava o Parlamento.
A tristeza que vos pesa na palavra, a dúvida que a detém vacilante, feriram-me de perto. Como de um sonho desagradável, eu despertei pensativo: a imagem do futuro, que se anuvia e escurece, surgiu a meus olhos como pesadelo em noite mal dormida.
Na força do talento e no vigor da idade, vós pareceis desanimar... Nobre coração, a borda do abismo, pode o forte desfalecer?
Ah! Eu também já provei desses amargores do passado e dessas dúbias entrevistas do porvir! À força de excitá-lo, quebrantaram-me o espírito, e como tornaram a alma insensível. Mas, hoje que a situação é gravíssima, no dizer daqueles mesmos sobre quem descansa