Cartas do Solitário

restritivos, e os demais protetores de indústrias que, aliás, se existem, não florescem no país.

Outro ponto não ficou bastante claro é o que respeita à onipotência do fisco. Deveria eu ter patenteado a exageração fiscal, a sua impopularidade conhecida, o gravame dos impostos, a multiplicidade deles em um país pobríssimo e, enfim, o excesso de formalidades e as delongas do respectivo processo, desde o mais simples despacho nas alfândegas até o requerimento mais vulgar no Tesouro Nacional.

Em compensação, porém, creio ter desenvolvido o meu pensamento a respeito das garantias à carreira administrativa, estabilidade e maiores vantagens dos presidentes, reorganização das secretarias de Estado, alargamento das faculdades dos chefes de serviço, concessão aos presidentes do direito de nomear e demitir maior número de empregados gerais nas províncias, e do de processar e julgar definitivamente, sem dependência do centro, grande parte dos negócios, atualidade das províncias, causas do seu atraso, seu desenvolvimento moral e instrução elementar e secundária, seu desenvolvimento material, estradas e receitas.

Em seguida, tive ocasião de levantar o alarma contra o ultramontanismo neste país, tratando dos progressos que faz, dos receios que inspira e da necessidade de vigiá-lo nos estabelecimentos religiosos de ensino (72). Nota do Autor

Como prefácio a um estudo, que desejava empreender, acerca das classes miseráveis no Brasil, fiz algumas considerações sobre a condição presente dos africanos livres e a história do tráfico de negros (73). Nota do Autor Era o meu propósito estimular a execução do direito escrito acerca da emancipação obrigatória, em prazo fixo,

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