qu'il sait et autant qu'il sait". Hoje, após 42 anos decorridos e, sobretudo, bem vividos, verifico que só mesmo a epígrafe tomada aos Ensaios poderia explicar a nossa coragem. No entanto, não me arrependo do que fiz, e cada vez mais aprecio e louvo o sábio conselho altruísta, de Montaigne.
Você, meu caro Jacobina, esboçando um estudo biográfico de Francisco Dias Carneiro, também rumou na obediência ao preceito do pensador francês. Apenas o conselho não foi agora seguido para justificar um ato de audácia, segundo a mim aconteceu, mas como insopitável expansão de nobres sentimentos altruístas, de quem não quer guardar para uso exclusivo os ensinamentos colhidos no estudo da vida de alguns dos nossos patrícios ilustres. E fez você bem. Eu o louvo, por isso.
Em verdade, são tantas e tão valiosas as lições recebidas no apreciar a intensa vida de trabalho e de lutas daquele maranhense, dos maiores de seu tempo, que seria criminoso quem as silenciasse aos demais. Poeta, escritor, lavrador, industrial e duas vezes representante da sua província natal na antiga Câmara dos Deputados do Império, Francisco Dias Carneiro distinguiu-se, entre os seus contemporâneos, como um grande maranhense e como um bom brasileiro. Equilibrado na