Através da Bahia – excertos da obra Reise in Brasilien

virgem, da Lagoa de Almada e das terras banhadas pelas águas do Itaípe; as suas observações a propósito de um ensaio de colonização, aí tentado por alguns dos seus compatriotas; o seu regresso, a pé, ao longo da costa, à falta de barco que o transportasse a esta capital.

Vou Martius, deixando a Bahia tornou de novo aos nossos sertões, agora da Cachoeira para o noroeste a rumo da Itiúba, de Monte Santo e das terras das cabeceiras do Vasa Barris, onde, nas margens de um subafluente deste, o Bendegó, examinou e tirou amostras do célebre meteorito desse nome, ora exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro, aos esforços de Orville Derby e da Sociedade de Geografia. Atravessou o São Francisco em Juazeiro e deixou o território baiano pela estrada que o levou aos sertões do Piauí e do Parnaíba.

Esta relação de viagem de Von Martius, traduzida agora, é um belo serviço que o Dr. Pirajá da Silva presta às letras pátrias. Andam de há muito, amortecidos entre nós, estudos como esses que Von Martius e o seu ilustre companheiro, o Dr. Spix, então realizaram e, não obstante, há ainda tanto a colher e não somente respigar, nesse campo imenso em que a pródiga natureza se nos oferece, benfazeja, em possibilidades sem conta.

Na ciência militante, de que é dos mais brilhantes exemplos e um modelo o próprio Von Martius, muito nos resta a fazer a nós brasileiros. A contribuição direta, nossa, nesse terreno, ainda não atingiu ao que mui honestamente é lícito esperar de nós. Os trabalhos do Coronel Cândido Mariano Rondon aí estão a atestar