costa, parecem indicar, pela pele menos preta, mais cor de café, menor estatura, cabelos mais compridos e alguns traços fisionômicos, que não são de pura raça etiópica.
Esses negros ainda menos se recomendam, pela força e beleza física. São empregados, especialmente, na lavoura, enquanto os do Congo e de Angola são empregados como criados domésticos, pela maior docilidade e desembaraço no falar.
Condições sociais dos escravos
As condições sociais desses escravos não são absolutamente tão tristes, como se pensa na Europa.
Não sofrem falta de alimentação, vestem-se tanto quanto exige o clima e, raramente, são sobrecarregados de trabalhos.
Além dos domingos e dos 35 dias santos costumados, foram declarados pelo governo atual, como feriados, mais 18 dias por ano, nos quais não há despacho.
Nos dois primeiros feriados o escravo está livre de trabalhar para o senhor e pode se ocupar dos seus próprios interesses.
Os trabalhos, nos engenhos de açúcar e nas plantações, são os mais fatigantes, porém, duram menos tempo. Além disso, o escravo, no campo, goza de certa liberdade e vive tranquilamente com sua família, habitando, ordinariamente, uma senzala própria.
Nas cidades, acham-se em situação muitíssimo triste os que devem trazer, diariamente, aos senhores, uma certa quantia (cerca de 240 rs.), porque são considerados como capital em ação e os senhores não os poupam, querendo, dentro de um curto prazo, resgatar o capital